Panamá para surfistas: um guia completo entre dois mares, ondas perfeitas e cultura local

Com litoral banhado pelo Pacífico e pelo Caribe, o país combina diversidade de picos, autenticidade cultural e infraestrutura para iniciantes e experientes

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Com mais de 2.900 quilômetros de costa e dois oceanos à disposição, o Panamá tem se consolidado como um destino estratégico para quem busca surfar fora do circuito tradicional, sem renunciar a boas ondas, clima tropical e hospitalidade. Ao contrário de hotspots superlotados da América Central, o país oferece praias ainda pouco exploradas, natureza preservada e diversidade de picos para todos os níveis.

Amigos na praia de Estero com prancha de surfe, em Santa Catalina, província de Veraguas, Panamá - Divulgação
Amigos na praia de Estero com prancha de surfe, em Santa Catalina, província de Veraguas, Panamá – Divulgação

Este guia apresenta os principais destinos panamenhos de surfe com detalhes práticos e culturais, incluindo épocas ideais, estrutura, acessibilidade e atrações complementares. É uma rota entre dois mares — e muitas possibilidades.

Quando ir: cada mar com sua temporada

O Caribe panamenho, onde está Bocas del Toro, oferece melhores condições entre dezembro e abril, com swells consistentes vindos do norte. Já o litoral Pacífico, que abriga Playa Venao, Santa Catalina e a Riviera Pacífica, tem sua melhor fase entre abril e outubro, quando os swells do sul ganham força.

Em ambos os lados, os ventos da manhã são mais favoráveis, e as marés podem impactar significativamente a formação das ondas, especialmente no Pacífico, onde a variação é acentuada.

Bocas del Toro (Caribe): surfe entre ilhas, cultura e biodiversidade

No arquipélago de Bocas del Toro, o surfe convive com o ritmo caribenho e uma atmosfera multicultural. A Ilha Colón é o ponto de partida, com acesso a praias como Playa Paunch, ideal para surfistas intermediários; Playa Bluff, com tubos intensos e perigosos, recomendada apenas para avançados; e Tiger Tail, mais suave para iniciantes. Já a Ilha Carenero abriga o clássico Carenero Point, uma esquerda longa e poderosa.

Além do surfe, é possível explorar ilhas desertas como a Cayo Zapatilla, fazer snorkel em águas cristalinas e curtir a vida noturna de Bocas Town. A região conta com hospedagens sobre a água, resorts com apelo ecológico e escolas de surfe com instrutores locais.

Santa Catalina (Pacífico de Veraguas): o templo das ondas grandes

Antigo vilarejo de pescadores, Santa Catalina é hoje um dos destinos mais respeitados do surfe panamenho. Seu principal pico, La Punta, é uma direita extensa que pode alcançar 9 metros, exigindo experiência e técnica. Playa Estero, por outro lado, é ampla, com fundo de areia e mar mais calmo, excelente para quem está começando.

De lá, é possível contratar passeios para a Ilha Cébaco ou mergulhar no Parque Nacional Coiba, considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO. A vila tem estrutura modesta, mas com opções confortáveis de hospedagem, boa gastronomia e clima acolhedor.

Playa Venao (Los Santos): energia jovem e surfe competitivo

A praia em formato de ferradura se tornou referência no circuito internacional, sediando campeonatos como o ISA World Surfing Games. Suas ondas quebram tanto para a direita quanto para a esquerda, com fundo de areia, o que atrai surfistas de todos os níveis.

Além das boas condições naturais, Venao oferece escolas, aluguel de pranchas e uma ampla rede de hostels, hotéis boutique e cafés à beira-mar. A cena é marcada pela presença de nômades digitais, viajantes solo e atletas em treinamento. O clima é animado, com festas discretas, retiros de ioga e foco em bem-estar.

Riviera Pacífica: variedade e acessibilidade a duas horas da capital

Localizada a cerca de 2h da Cidade do Panamá, a Riviera Pacífica é ideal para quem deseja surfar sem se afastar muito dos centros urbanos. Em Playa Serena, as ondas são longas e constantes. Em Playa Teta, os três picos distintos atraem quem já tem mais controle da prancha. Já El Palmar, destino preferido dos locais, oferece picos acessíveis para todos os níveis.

Outras praias da região, como Playa Blanca e Bijao, complementam a viagem com estrutura de resorts e mar mais calmo. A área é ideal para famílias, casais e surfistas iniciantes que desejam aprender em segurança.

Morro Negrito e Punta Burica (Chiriquí): para quem quer ir além

Mais ao oeste, na província de Chiriquí, o surfe divide espaço com montanhas, fazendas de café e reservas marinhas. Morro Negrito é um destino insular com clima roots, ideal para acampamentos e retiros de surfe. Punta Burica desafia com ondas fortes e pouco crowd. Já Los Olivos tem uma pegada mais tranquila, boa para todos os níveis.

Fora d’água, é possível visitar plantações de café Geisha, o mais valorizado do mundo, ou mergulhar no Parque Nacional Marinho do Golfo de Chiriquí, com golfinhos, tartarugas e jamantas.

Onde Surfar destinos de nível mundial no Panamá  - Divulgação
Onde Surfar destinos de nível mundial no Panamá – Divulgação

Logística, segurança e dicas para quem viaja do Brasil

O Panamá exige apenas passaporte válido, com estadia de até 90 dias para brasileiros. O Aeroporto Internacional de Tocumen (PTY), na capital, é o principal ponto de entrada, com voos diretos saindo de São Paulo. De lá, é possível seguir para os destinos de surfe por via aérea (com voos domésticos), ônibus ou carro alugado.

Para surfistas que viajam com prancha, é importante verificar regras de transporte aéreo e proteger o equipamento com capas reforçadas. O uso de camisetas UV, protetor solar resistente à água e repelente é essencial.

Embora o país seja relativamente seguro, é recomendável atenção com pertences em praias isoladas e respeito às normas culturais locais, especialmente em comunidades indígenas ou áreas mais remotas.

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Fefo Campos
Fefo Camposhttps://www.gay.blog.br/
Jornalista, tradutor, arquiteto e empresário

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